Fiscalizações, planos industriais, rede de monitoramento e protocolos de criticidade compõem a resposta da agência ambiental nos dias mais secos do ano
Durante o inverno em São Paulo, a ausência de chuvas, a baixa umidade e a falta de ventos favorecem a concentração de poluentes atmosféricos, afetando diretamente a qualidade do ar. Para mitigar os impactos sobre a saúde da população, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) adota uma série de medidas específicas para o período de estiagem.
Entre as ações estão operações de fiscalização, como a Operação Fumaça Preta, que vistoria caminhões, ônibus e veículos a diesel que apresentam emissão visível de poluentes. Em 2025, mais de 70 mil veículos foram inspecionados, incluindo atividades de conscientização com motoristas.
Empresas potencialmente poluidoras também devem apresentar, já no processo de licenciamento ambiental, planos obrigatórios de redução de emissões, com metas específicas e fiscalização técnica por parte da CETESB.
A Companhia integra ainda o programa estadual SP Sem Fogo, voltado à prevenção e combate de queimadas — uma das principais fontes de poluição do ar no período seco. O programa envolve a atuação coordenada de diversos órgãos públicos e conta com investimentos em limpeza de áreas críticas, aquisição de equipamentos e uso de monitoramento por satélite.
Três níveis de criticidade
Com base nos dados obtidos pela sua rede de monitoramento, a CETESB pode declarar os seguintes níveis de criticidade da qualidade do ar:
- Estado de Atenção: níveis de poluentes acima do recomendado e condições meteorológicas desfavoráveis para a dispersão dos poluentes.
- Estado de Alerta: níveis mais elevados de poluição, com previsão de persistência das condições adversas.
- Estado de Emergência: níveis críticos de poluição, com risco à saúde da população em geral.
Essas decisões são apoiadas por uma das maiores redes de monitoramento da América Latina, com 85 estações espalhadas pelo estado, sendo 63 delas automáticas e com transmissão em tempo real. Os poluentes monitorados incluem material particulado (MP10 e MP2,5), ozônio, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono.
Cada estado de criticidade é determinado pelo poluente com maior concentração em relação aos limites legais, sendo a base para medidas preventivas e informativas.
Confira a classificação atual da qualidade do ar:
https://arcgis.cetesb.sp.gov.br/portal/apps/experiencebuilder/experience/?id=13582bb92885456fb9f10ee84ad1507e&page=Classifica%C3%A7%C3%A3o-Atual
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Fonte: SEMIL/SP. Quando o ar ‘pesa’: o que a Cetesb faz no período crítico de estiagem em SP. Acesso em 03 de setembro de 2025.