Segurança e saúde no trabalho são tendências não só no ramo corporativo e em instituições públicas, mas também em toda a sociedade. O bem-estar e a qualidade de vida do colaborador são cada vez mais relevantes, inclusive, para o seu desempenho, afetando diretamente sua satisfação com o ambiente laboral.
Além de interferirem no clima organizacional e na produtividade, esses temas ganharam novas perspectivas com a pandemia da COVID-19 e a necessidade de distanciamento social para reduzir o contágio.
Continue a leitura e entenda como proteger seus colaboradores e promover o bem-estar deles nesse momento tão delicado. Há sérios desafios, enfrentados em escala global, que requerem a atenção de gestores do mundo todo.
A importância da segurança e saúde no trabalho em tempos de coronavírus
Embora lojas, fábricas, centros de distribuição e escritórios tenham se esvaziado parcial ou totalmente, segurança e saúde no trabalho são agora mais do que nunca um dos principais focos de atuação das organizações da iniciativa pública e privada.
Por isso, os governos federal, estadual e municipal, além dos conselhos de saúde, já emitiram posicionamento orientando os gestores. As disposições envolvem a suspensão de exames ocupacionais e de treinamentos periódicos obrigatórios por NRs durante o período de calamidade pública, o que implica na necessidade de maior atenção e cuidado com a saúde ocupacional e a prevenção de acidentes. Sem falar da necessidade de interrupção de eventos corporativos.
Segurança e saúde no trabalho são importantes não apenas para manter a equipe saudável e protegida do coronavírus enquanto há o distanciamento social. Sua promoção também dita o ritmo pelo qual o funcionamento de lojas, fábricas, centros de distribuição e escritórios voltará ao normal e o impacto econômico nesses empreendimentos.
Como promover segurança e saúde no ambiente de trabalho
Boas práticas têm sido adotadas em todo o Brasil, tais como a implementação da telemedicina gratuita para os colaboradores, a fim de evitar o deslocamento à unidade de saúde e eventual exposição desnecessária à COVID-19.
É importante ressaltar que no parecer n. 8/2020 do processo consulta n. 12/2020 de 21 de maio de 2020, do CFM (Conselho Federal de Medicina), fica claro que “é vedado realizar exames médicos ocupacionais com recursos de telemedicina sem proceder o exame clínico direto no trabalhador”.
Cuidados especiais com os idosos e pessoas com comorbidades
Quem está no grupo de risco requer atenção especial. Sendo assim, é cabível afastar essas pessoas do ambiente de trabalho para que elas não fiquem em contato direto com possíveis transmissores, uma vez que as consequências desse contágio podem ser muito mais graves.
Reduzir as chances de contaminação viabilizando o “home office“, por exemplo, é uma ótima forma de manter esses funcionários ativos e produtivos, mesmo fora do escritório. Por isso, é necessário revisar os exames admissionais/periódicos e levantar quem tem comorbidade, para estabelecer e implementar um procedimento especial para esses colaboradores.
Criação de comitês específicos para o momento de crise
Planos de contingenciamento e o estabelecimento de protocolos especiais são necessários em momentos críticos, como o de pandemia da COVID-19, a fim de mitigar riscos e manter a segurança e saúde no trabalho. Logo é uma boa medida criar grupos com finalidades específicas, com funções como analisar as diretrizes do governo e dos conselhos de saúde para implementar ações pontuais.
Um comitê analisando dados para a reabertura de loja e outro regendo e monitorando por vídeo a utilização dos EPIs nos centros de distribuição, por exemplo. Ainda, é possível formar equipes para avaliação de viagens corporativas em tempos de crise, forma de evitar deslocamentos desnecessários e gerir com inteligência as finanças do negócio.
Higienização e descontaminação das áreas
Criar procedimentos desse tipo é essencial em momento de pandemia com um vírus se espalhando vertiginosamente no mundo todo. O uso de álcool em gel e máscara, entre outros elementos, virou questão de segurança e sua importância precisa ser recorrentemente reafirmada para serem inseridos na rotina dos colaboradores.
A norma técnica do Ministério do Trabalho no cenário da pandemia
O MTE (Ministério do Trabalho) publicou disposição classificando o grau de risco à exposição à COVID-19 de algumas profissões — informações que norteiam como os empregadores devem agir de modo a promover a segurança e saúde no trabalho. Confira um quadro geral sobre essas categorias:
– risco muito alto de exposição: médicos, enfermeiros e dentistas;
– risco alto de exposição: fornecedores de insumos de saúde, motoristas de ambulância e quem prepara corpos para enterro ou cremação;
– risco mediano de exposição: pessoas em contatos com grandes grupos (em escolas e grandes lojas de varejo);
– risco baixo de exposição: profissionais em contato mínimo com o público.