No dia 25 de maio, comemora-se no Brasil o Dia Nacional da Indústria. A data serve para homenagear o setor brasileiro, também conhecido como secundário, que é responsável por movimentar parte considerável da economia.

Trabalhando com a produção dos mais diversos produtos, desde alimentos, vestuários e até tecnologia de ponta, o setor industrial é extremamente amplo.

De forma mais geral, as indústrias podem ser dividias entre três tipos: indústrias de base, intermediárias e de bens de consumo.

O primeiro, refere-se as indústrias pesadas – que são responsáveis por se apropriar da matéria prima bruta e transformar em produtos que serão usados pelas outras indústrias.

Já as intermediárias são responsáveis por utilizar a matéria prima processada e produzir peças e ferramentas, necessárias para as indústrias de bens de consumo, que, por sua vez, tratam da produção de diversos produtos que irão para o mercado consumidor.

Atualmente, o Brasil é uma das maiores potenciais no ramo industrial, dentre as nações consideradas subdesenvolvidas.

Mas, a história do setor no país é relativamente recente, principalmente se comparada à outras nações da Europa Ocidental e aos Estados Unidos, que passaram pela Revolução Industrial, entre o século XVIII e XIX.

Por outro lado, isso não significa que o Brasil não venha tendo avanços significativos no setor industrial há muito tempo.

É possível reconhecer o primórdio de uma indústria brasileira ainda na época colonial. Porém, após o governo de Getúlio Vargas e JK, já em meados do século XX, o país finalmente pôde observar a consolidação de uma indústria nacional.

Entretanto, é em 1948, durante a presidência de Gaspar Dutra, que surge a ideia para a criação do Dia Nacional da Indústria, após o falecimento de Roberto Simonsen, uma importante figura do meio.

A história do 25 de maio

O Dia Nacional da Indústria, em 25 de maio, foi escolhido em homenagem ao empresário e industrial Roberto Simonsen, que faleceu nessa mesma data, em 1948.

Ele foi responsável pela primeira empresa de construção civil do país e ainda foi parte significativa da consolidação do parque industrial do Brasil. Não à toa, recebeu o título de Patrono da Indústria Nacional.

Roberto Simonsen foi um brasileiro de muitos feitos. Além de sua grande contribuição para o avanço da indústria, ele era engenheiro, professor, historiador, político e foi aceito como membro da Academia Brasileira de Letras.

Por fim, também presidiu entidades representativas importantes para o meio, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Dessa forma, não seria exagero afirmar que muito do que a indústria brasileira é hoje, deve-se aos esforços, comprometimentos e incentivos de Simonsen.

Setores industriais no Brasil

Atualmente, o parque industrial brasileiro é extenso e diverso. No país, destacam-se a indústria de automobilística, petroquímica, alimentícia, de minerais, de vestuário, entre outras.

Além disso, diversas áreas – como comércio, comunicação, educação e serviços públicos – dependem diretamente do funcionamento pleno dessas indústrias.

Sendo assim, o setor industrial é muito maior do que seu próprio eixo, afetando diversas esferas de todo o Brasil.

É possível perceber que a concentração do parque industrial brasileiro está, principalmente, no Sudeste. Porém, isso já apresenta algumas mudanças.

Muitos estudos apontam para uma certa dispersão, principalmente de indústrias da área de infra-estrutura de transportes e energia, para outras regiões da nação.

Entretanto, independente do tipo de produto que a indústria produz, em qual ramo ela se encontra e aonde sua base está localizada, há algo que todas necessitam igualmente: energia elétrica.

Energia elétrica: a grande aliada da indústria

Em maio também se comemora o dia Mundial da Energia Elétrica. E é inegável que a energia é um dos pré-requisitos mais importantes para o funcionamento pleno da indústria.

Inclusive, o setor industrial é responsável por grande parte do consumo de energia no Brasil. E é por meio dela que é possível alimentar diversas áreas da sociedade e movimentar consideravelmente a economia.

Neste contexto, cabe ao Ministério de Minas e Energia o planejamento de médio e longo prazos de modo a garantir o desenvolvimento, tornando o país atraente e seguro para investimentos de longo prazo.

O Brasil tem um importante desafio para a próxima década que será o de promover a expansão da oferta de energia de modo a sustentar a retomada do crescimento econômico nacional. O governo deve resguardar a segurança energética e preservar o acesso à energia a preços competitivos.

Outro grande desafio é a interconexão do SIN ao Sistema Isolado no Norte do país, onde a geração é predominantemente a diesel. Várias regiões estão localizadas em áreas remotas e, consequentemente, o acesso ao Sistema Interligado levará anos, senão décadas.

Neste caso, as indústrias locais são bastante impactadas pela geração ineficiente de usinas com alto consumo específico. O governo deve buscar a contratação de usinas mais eficientes que reduzirão o custo de geração e de emissão de poluentes, tal qual ocorreu no leilão de Manoel Urbano e Assis Brasil no Acre. Ambas não estão interligadas ao SIN (Sistema Interligado Nacional) e não possuem energia elétrica da concessionária. Cada cidade conta com uma usina de geração de energia elétrica com 2 MW de capacidade, através do aluguel de geradores de 550 KVA.

Ao lançar novas licitações na modalidade de contratação de produtor independente de energia (PIE), o governo não só reforçará a busca por preços mais atrativos como também trará maior capacidade de competitividade a estas indústrias.

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